Não subestime o quão impressionante é um post ou dois. Venham para a comunidade Brasileira no Lemmy e comecem a conversar.

O resto iremos evoluir aos poucos, por exemplo a parcela talibangélica de nossa população não poderá conviver com os demais devido a suas táticas de espalhamento de fake news e discurso de ódio, mas quando a comunidade for grande o suficiente, basta dividir em duas, como já acontece no reddit.

De fato o Lemmy é ainda melhor para isso já que os bolsonaristas podem criar uma instância específica para cometer seus crimes, sem depender de uma administração omissa que não se preocupa com desinformação que não seja em inglês.

Fico um pouco triste que esta instância se anuncie como Lemmy “Portugal” mas isso é um detalhe.

  • pyska
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    1 year ago

    Porque não manter 2 instâncias? Uma cá e uma lá?

    Como o lemmygrad é banido em várias instâncias, elas também não conseguem ver os posts de aqui. Isso diminui bastante as interferências de liberais, que ajuda a ter conversas de esquerda mais a fundo.

    • Raphael@lemmy.mlOP
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      1 year ago

      Lemmygrad é abertamente Marxist-Leninista, não creio que você imagine que terá a mesma tração que um fórum neutro.

      • pyska
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        1 year ago

        Tração não é tudo. Eu, por exemplo, encontro conforto em fazer parte de uma comunidade que partilha os meus ideais. Num fórum neutro, comunismo é mal visto. É impossível discutir ideias marxistas. O pessoal nem sabe o que isso é, lá.

        Por isso sugeri 2 instâncias. Ninguém precisa concordar com toda a gente, claro.

        • (deleted-account)@lemmy.world
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          1 year ago

          Meu problema com o lemmygrad e a maioria dos comunistas de rede social é a glorificação da Coreia do Norte e da China.

          Os dois Estados pararam de ter o povo como o objetivo e se voltaram a só sustentar a sua classe dominante há muito tempo. Os dois lugares são comunistas só de nome. Na realidade eles são só uma fazenda humana.

          Só que ao invés de aceitar isso essa galera chama todas as fontes que discordam dos governos totalitários de serem propaganda da CIA ou coisa do tipo. É idêntico aos boloristas xingando todos os jornais que não são deles de serem “esquerdistas”.

          É muito “comunismo da boca pra fora”. Não se liga mais pros ideais marxistas (uma sociedade voltada para o povo e com foco em igualdade). Se liga para fazer parte do clubinho das cool kids no recreio. E enquanto isso aplaudem os genocídios e o totalitarismo que juraram combater.

          • pyska
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            1 year ago

            É assim, entendo o porquê dessa opinião. É difícil encontrar informação de confiança na internet. Especialmente porque as empresas de notícias têm como interesse principal fazer dinheiro, pelo que reportar a verdade ou dar voz à maioria ficam no banco de trás.

            Só um aparte. A América, por exemplo (uso este exemplo pela sua influência global), vista por muitos como a terra dos livres, casa dos corajosos (land of the free, home of the brave), sofre de uma influência enorme das empresas no seu governo. Como prova disto, lá é legal aos “senators” comprar e vender stock (um enorme conflito de interesses). Estas influências capitalistas, como sabes, não beneficiam em promover os interesses do povo. Os interesses deles é o capital. E capital é algo que os Marxistas pretendem abolir, ou pelo menos acreditam que vai colapsar eventualmente pelas suas contradições internas.

            Porque é que isto é importante? Ora, se o teu interesse é em capital, tu vais ver ideologias de esquerda como tuas inimigas. E sendo que a classe empresária é quem controla os noticiários, não me surpreende que eles tentem colocar medo em tudo que ameaça o capital. Lembras-te da última vez onde comunismo (ou Marxismo) apareceu na televisão com bons olhos? Pois. Ou esta “trend” onde todos os países aliados à América são bons, e todos os não aliados são maus, não faz nenhum alarme apitar?

            Nota que isto não é apologia da Coreia do Norte ou da China, até porque disso tenho pouco conhecimento. Mas existe muita propaganda tanto na internet, como na televisão, quem nem tu nem eu somos ímunes. E quando dizes que estes países são “fazendas humanas”, “cometem genocídios” e são “totalitaristas”, eu pergunto-me se tu sabes de onde vieram essas informações, e quais os seus interesses.

            Esta é a minha ideia, pelo menos. Não tenho problema nenhum se fizeres um post a condenar estes países com boas referências. Ou pelo menos, que promova a discussão. Mas no final do dia, acho que todos queremos um mundo melhor, e o que nos une, pelo menos neste espaço social, é a nossa crença que Marxismo é o veículo que nos vai levar lá. E fazer críticas, participar em discussões, não devia ser visto como um ataque a nenhuma pessoa singular, mas sim como parte do processo de evolução da ideologia.

            • (deleted-account)@lemmy.world
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              1 year ago

              Não me entenda mal, não tenho amor algum pelos Estados Unidos ou pelo capitalismo. Eu sou comunista, só não stalinista. E eu concordo que a nossa mídia é controlada por interesses capitalistas e é paga para não criticar o sistema.

              Isso não significa que mintam sobre tudo. Essas fontes ainda são prezadas pela sua integridade. Podem omitir e frequentemente omitem, pois isso coloca o ônus da prova no acusante. Contrariamente, têm de ter cuidado em suas palavras porque têm de prover as provas para cada acusação que fazem. Quanto mais as redes seguem essas regras, maior é a sua legitimidade.

              E quando dizes que estes países são “fazendas humanas”, “cometem genocídios” e são “totalitaristas”, eu pergunto-me se tu sabes de onde vieram essas informações, e quais os seus interesses.

              Só um dos genocídios mais recentes tem 540+ links de citações na Wikipedia, em dúzias de sites e artigos. Não vou buscar outros porque tenho preguiça.

              Ou pelo menos, que promova a discussão.

              Eu concordo, mas continuo achando propaganda política de extremistas algo, pessoalmente, desagradável de ter na comunidade.

              • pyska
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                1 year ago

                Só um dos genocídios mais recentes tem 540+ links de citações na Wikipedia, em dúzias de sites e artigos. Não vou buscar outros porque tenho preguiça.

                Se encontrares mais fontes partilha. ;) Mas em relação a isso, o que achas desta notícia? “Despite the Trump administration’s declaration of a genocide in Xinjiang, upheld by the Biden administration, some legal experts suspect China’s behavior may fall short of actual genocide.”

                Tradução: Apesar da declaração do governo Trump de um genocídio em Xinjiang, confirmada pelo governo Biden, alguns especialistas jurídicos suspeitam que o comportamento da China pode ficar aquém do genocídio real.

                Estou a achar estranho os próprios diplomatas americanos contradizerem essa declaração, visto que eles seriam os mais interessados em que isso seja verdade.

                Edit: Interpretação da notícia.

                • (deleted-account)@lemmy.world
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                  1 year ago

                  Todas as fontes que você pode precisar estão no link que eu te dei. São mais de 20 jornais em mais de 400 artigos. É irrelevante discutir porque por uma tecnalidade não é genocídio, é só extrema crueldade, porque tecnicamente o nosso presidente anterior não é um genocida também. É disso que eu falo quando digo que o espírito comunista como uma ideologia voltada para o povo, para fugir da crueldade da classe dominante, se perdeu.

                  Se você for ouvir uma única coisa que eu digo? Política não é novela. Não tem o lado dos mocinhos e o lado dos vilões. Você pode dizer que todos os lados são cruéis. Você pode reconhecer que não tem nenhum caminho perfeito pra trilhar. Temos um ideal utópico (o comunismo), mas todos os jeitos que conhecemos e que já tentamos ou fazem as pequenas comunas serem destruídas pelas classes dominantes ou se degradam em distopias totalitárias. Você não é forçado a tomar o lado “menos pior”. Você pode tomar o lado do “nada presta”. Ninguém sabe a resposta pra esse mundo.

                  • pyska
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                    1 year ago

                    Calma, só estou a tentar entender se o que está escrito na Wikipedia é verdade ou não. Como sabes, qualquer um pode editar estas páginas, e lá porque um termo existe e é documentado, não quer dizer que seja verdade. Toma por exemplo a página sobre a Terra Plana, que tem 138 referências… claro que todos sabemos que isto é verdade. /s

                    Política não é novela.

                    Então vamos levar isto com alguma seriedade. Não podemos simplesmente dizer que houve um genocídio, colocar um link da Wikipedia como “prova” e aceitar o que essa página diz como verdade absoluta, principalmente quando sabemos que isto é um tópico alvo de desinformação de ambos os lados.

                    A página tem 542 referências, é impossível para uma pessoa analizar tudo. Eu olhei para as 5 primeiras referências e achei a 4ª a mais interessante, pelo que só vou analizar essa. Se vires que estou errado em algum sítio, por favor corrige-me. Também estou aqui para aprender. :)

                    Já agora, uma nota sobre a 3ª referência - O artigo começa com:

                    More than one million Uighur Muslims are estimated to be in detention in “counter-extremism centres” in China’s far west, the vice chairperson of a United Nations anti-discrimination committee has said, citing credible reports.

                    E logo a seguir:

                    While McDougall did not cite her sources, the numbers of people forced into detention and into re-education matched a report that the Network of Chinese Human Rights Defenders submitted to the committee.

                    Other groups have given far lower figures, however.

                    Eles não concordam em um valor certo, mas da minha pesquisa (mais abaixo), estes campos de re-educação contra-extremistas realmente existem. Isto por si só não é prova de genocídio, mas o artigo não tem nenhuma informação relevante em relação a isso.

                    4ª referência - Fotos de estudantes sentados numa sala de aula, screenshots do google maps, e um vídeo de 45 minutos. O vídeo é a parte mais interessante.

                    No início conta a história de uma familia Uyghur Australiana, onde “Sadam Abususalamu” (Australiano) foi separado da sua esposa e filhos (ambos de Xinjiang) e só foram reunidos passado 3 anos. Após uma pesquisa, não encontrei nada que disprovasse esta história portanto requer mais análise.

                    Algo claramente se passa em Xinjiang, e aqui precisamos de mais contexto para entender o porquê de isto poder ter acontecido. Após alguma pesquisa, é fácil encontrar que a China tem um problema com terrorismo nessa área. Tal como a América, desde o 11 de Setembro, iniciou uma campanha militar contra-terrorista global, a chamada “War on Terror” com alvos como Al-Qaeda, Iraq, entre outros, também a China tem tido problemas com terrorismo em Xinjiang, tendo sido especialmente problemáticos desde 1990, e atingindo um pico em 2014.

                    The extent of these uprisings is difficult to confirm independently as the access of independent observers (especially international journalists) is severely restricted, though it is apparent that their frequency accelerated starting in the 1990s, and has continued unabated (see, for example, Jacobs 2014).

                    Para combater isto, em 2016 foram criados campos de re-abilitação, que estão operacionais desde 2017. Estes campos dão a oportunidade (a quem de outra maneira ia seguir o caminho de terrorismo), de se reintegrar na sociedade e ser um membro produtivo da sociedade. Isto é uma atitude muito melhor que países como a América (relevante pela sua influência global), onde as prisões são vistas como ferramenta de castigo, e não de reabilitação.

                    A história desta família, pelo que eu consegui pesquisar, foi primero publicada em 2020, 3 anos depois destes campos terem sido criados. Dada a história desta região, e sendo a esposa desta região, faz sentido ela ter sido apanhada nesta situação, e não me parece que as acções da China terem sido exageradas, aqui. Para provar isto, imagina exatamente o oposto. Estes campos não eram criados, e os habitantes desta zona problemática serem permitidos voos internacionais. Teríamos artigos no Washington Post a dizer: “China permite voos internacionais a terroristas.” Se o exemplo não faz sentido, imagina então que a América permitia voos internacionais a habitantes do Iraq, ou Al-Qaeda, ao mesmo tempo que estavam em guerra com eles. Funcionalmente o mesmo exemplo, mas é óbvio que isto não ia fazer muito sentido.

                    O resto do vídeo fui dando skip porque mostra mais do mesmo. Várias perguntas ao mesmo senhor, opiniões de várias pessoas, vídeos de protestos naquela àrea (que como vimos tinha um problema com terrorismo), vídeos de prisões na àrea (sim, prisões existem), e salas de aula com pessoal a aprender. Parei o vídeo ao chegar a meio porque se eles tivessem qualquer tipo de provas, fracas que sejam, sobre um genocídio na àrea, já as tinham mostrado.

                    Outra vez, não estou a tentar criar apologia Chinesa, mas se vamos fazer acusações, é preciso provas, e links da Wikipedia não são provas (relembro que existe uma página sobre a Terra Plana, com 138 referências).