A maioria das pessoas não só come coisas aparentemente envenenadas, tipo morangos e tomates, como também consome muita coisa que nem sabe o que é. Tem uma composição lá qualquer, cheia de nomes que não sabemos o que significam. Ora, como é que você vai acreditar naquilo? Podem ter processado qualquer lixo e estarem te dando para comer. Por isso, seria muito melhor a gente cuidar da nossa sementinha, ver ela brotar, acompanhá-la, para então colher. Só assim você vai saber de onde vem o que come.
Em diferentes lugares, tem gente lutando para este planeta ter uma chance, por meio da agroecologia, da permacultura. Essa micropolítica está se disseminando e vai ocupar o lugar da desilusão com a macropolítica. Os agentes da micropolítica são pessoas plantando horta no quintal de casa, abrindo calçadas para deixar brotar seja lá o que for. Elas acreditam que é possível remover o túmulo de concreto das metrópoles.
A vida não é útil, Ailton Krenak
Ele está falando especificamente de agroecologia e permacultura, mas fazendo os paralelos dá para levar isso para vários outros cenários: não aceitar o pré-pronto, fazer das próprias mãos, encontrar novos jeitos de ser e estar no mundo.
Os exemplos de sucesso dessas tentativas vão ser mais eloquentes que qualquer forma de discurso.
Massa a premissa! Não posso o horário, mas interessei no cenário. Vou pesquisar para me informar.