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Cake day: June 23rd, 2023

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  • Antes que alguém caia nessa retórica falaciosa dele, sua fala é baseada na teoria que a responsabilidade humana pelas mudanças climáticas é pequena, e o aquecimento global acontece por causas muito maiores que nós. Para justificar essa teoria ele conta uma mentira: que vulcões liberam mais CO2 e realizam mais mudanças climáticas que a nossa influência humana.

    Esse cara deveria sim ser demitido por incompetência












  • Não, claro a galera do Alphaville não são marginalizados.

    Eu não falei que morar em comunidade é marginalizado. Eu falei que geralmente as comunidades são de alguma forma marginalizadas (não necessariamente no sentido financeiro)

    E Alphaville e afins não são um exemplo de comunidade. Você imagina essa galera de juntando para cozinhar? Para fazer horta comunitária? Para se revezar para cuidar dos filhos dos vizinhos? Os moradores seguem suas vidas voltadas aos seus núcleos-familiares, e compartilham os gastos com os vizinhos para botar um muro, segurança e academia. Não existe em absoluto um compartilhamento da vida.


  • Claro que dinheiro evita a marginalização, e a falta de dinheiro é o maior motivo para marginalizar pessoas. Mas não é a única causa. Uma idosa cadeirante de classe média é mais marginalizada que um jovem branco saudável de classe média.

    Fazer uma comunidade para se juntar com outras pessoas, e a identidade da comunidade é dada pela ideade, é um sinal de que eles não se encaixa na sociedade atualmente e precisaram criar um espaço à margem. Não?


  • O tom pejorativo do seu comentário transparece bem essa marginalização:

    pagar 20k para morar com estranhos

    Morar em comunidade é sim mal visto na nossa sociedade; parece que só se mora em grupo por necessidade ou quem é idiota.

    Se eu fosse idoso, preferiria muito mais morar com uns estranhos amigos e amigas do que o socialmente aceito: sozinho. Independente da frequência que minha família visita, idoso e idosa não consegue dirigir, é cansativo para caralho pegar transporte público, Uber/Táxi é caro, tem dificuldade com tecnologia, a cidade é hostil (sem banco, banheiro, água bebedouro etc etc…)



  • Bacana o site! Interessante ver como as duas únicas comunidades listadas no Brasil, também são de certa forma marginalizadas. Uma é um asilo para idosos, e outra é uma comunidade espiritual de prática de yoga / meditação. Não faço nenhum juízo de valor, mas é importante notar que esses tipos de comunidades não atacam diretamente o sistema, em propor um novo modelo de vida social. Será que faz sentido? Essas comunidades juntam pessoas que já estão à margem, seja por sua pobreza, por sua velhice ou por um conjunto de crenças.



  • Não sei exatamente o que você quer dizer com comunas intencionais.

    Para mim, comunitarismo é uma ideologia que busca colocar foco na nossa existência em comunidades e não individualmente. O resumo da ópera dessa visão é que vivemos de forma muito individualizada e deveríamos buscar uma forma mais comunitária de viver. Dá para se estender nessa discussão (se vivemos de forma muito individualizada ou não), mas prefiro escrever sobre duas argumentações que me deparei recentemente advocando para uma vida em comunidade.

    1. Christopher Alexander, um teórico de arquitetura que me deparei recentemente, argumenta que moradias para núcleos familiares de 2-3 pessoas não é sustentável, porque não existe riqueza de conexões social suficiente, e nem espaço para curar eventuais atritos: fica um contato muito intenso, o que é visto na quantidade de famílias que acabam se dissolvendo. Ele argumenta que antigamente o conceito de família não era um casal e uma criança morando em um teto, mas incluía avós, primos e primas, tios e tias e etc.

    2. Segundo um anarquista italiano que li ano passado (A. Bertolo), indivíduo não é a forma onde o ser humano consegue desenvolver sua potência em sua plenitude, e por tanto, a busca do anarquismo pela liberdade não consegue ser saciada individualmente. Nessa visão, viver em comunidade (mesmo que sujeito a suas regras) não limita o indivíduo (como muito anarquistas individualistas, em sua maior parte, dos EUA, acreditam), por elas trazem mais liberdades do que restringem. Claro que para uma comunidade muito grande (por exemplo, a nossa sociedade brasileira) a influência que o individuo exerce sobre o grupo é tão diluída que a balança muda a liberdade fica efetivamente restrita.

    Enfim, esses são dois exemplos, mas nos últimos anos tenho me deparado com bastante gente (mortas e vivas) e de diferentes bagagens culturais, que apontam para essa ideia de morar em comunidades (normalmente rural, mas imagino que não deve ser uma obrigatoriedade mais do que uma conveniência), e por isso busco ler mais sobre comunidades já existentes.

    O MST me parece muito interessante, mas infelizmente não conheço ninguém que participa ativamente. Posso estar sendo ignorante com a minha escrita, mas me parece que MST infelizmente ainda é um grupo marginalizado (sem sentido pejorativo nenhum, tenho o maior respeito pelo movimento), e gostaria de buscar exemplos de grupo que não estão tão marginalizados. Eu não me vejo convencendo nenhum amigo ou amiga para se mudar da cidade para passar perrengue contra fazendeiros armados.