A recente mobilização de parlamentares evangélicos em Pernambuco em defesa dos “intervalos bíblicos” nas escolas públicas destaca uma preocupação crescente com a laicidade do ensino. Desde que a Secretaria de Educação e o Ministério Público começaram a investigar denúncias de cultos obrigatórios e discriminação contra estudantes de outras religiões, a pressão por projetos de lei que garantam a realização desses cultos aumentou.
Parlamentares, como Joel da Harpa (Deputado estadual e ex-policial militar) e Missionária Michele Collins (vereadora de Recife), têm promovido audiências e apresentado legislações que visam institucionalizar essas práticas religiosas, desconsiderando a diversidade cultural e religiosa do Brasil.
Essas iniciativas revelam uma tentativa de instrumentalizar a educação para fins políticos, ignorando a importância da inclusão e do respeito às diferentes crenças. A resposta da sociedade civil, representada por sindicatos e coletivos, é um alerta contra a imposição de uma visão religiosa hegemônica nas escolas. É fundamental que a luta pela laicidade e pela equidade de direitos nas instituições de ensino continue, garantindo um ambiente que respeite a pluralidade e a liberdade religiosa.
Adendo: A Marcha para Jesus, sancionada pelo presidente Lula da Silva, tornou-se o maior evento da extrema direita no Brasil. Devemos mesmo continuar cedendo privilégios aos evangélicos?