1. A esquerda enfrenta desafios em se comunicar de maneira eficaz, pois precisa ir além do simples e alcançar a complexidade necessária para enfrentar os adversários. Ela tem perdido espaço nas redes sociais e luta para manter sua identidade e essência.

2. O tabu de uma candidatura puramente de esquerda leva as lideranças a formarem governos de coalizão, que gradualmente minam e podaram o espírito revolucionário. Esse movimento em direção ao centro esvazia o propósito original.

3. Apenas os militantes de esquerda mais radicais conseguem identificar claramente os objetivos do campo progressista. Eles aceitam alguns compromissos, na esperança de pequenas vitórias, mas isso enfraquece a mensagem passada para a nova geração.

4. A esquerda hoje não consegue dialogar com a juventude, e esta, por sua vez, não compreende o que a esquerda representa, além das versões distorcidas propagadas pela extrema-direita.

5. O campo progressista parece se expressar de forma implícita ou por meio de símbolos, criando barreiras entre a esquerda e a nova geração de brasileiros, potenciais defensores de pautas superadas.

6. Outra grande dificuldade do campo progressista é a necessidade de renovar seu discurso, deixando de lado as pautas já superadas e se adaptando a novas conquistas.

7. A luta é árdua, e é preciso estar presente nas principais trincheiras todos os dias, seja em período eleitoral ou não, pois a extrema-direita avança com ideologias autodestrutivas, como o “anti-sistema”, o pentecostalismo, o neoliberalismo e o discurso libertário.

8. É nesse ambiente caótico de despolitização, ceticismo político e descrença na democracia brasileira que a extrema-direita ganha força e se prolifera, como um câncer.

  • Viet 🔻@lemmy.eco.br
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    11 days ago

    da 7 entendo q é o primeiro ponto

    sem estar construindo a luta por si, não vai. Mas primeiro, falta q quem queira fazer uma revolução, primeiro tenha ideia de q revolução quer construir, a sua utopia por assim dizer.

    digo no sentido de q leninistas mts veem uma nova união soviética no Brasil, e pra mim isso esta profundamente errado, a união sovietica ja acabou, e os países q adotaram um sistema similar, como China, Cuba, Vietnã, Coreia e afins, estao em um processo de retrocesso

    dai assim, entendo q o centro da luta de classes no Brasil esta la na luta territorial, urbana e rural. Sem uma aliança entre trabalhadories do campo e da cidade, uma revolução nunca vai acontecer aqui, e essa aliança passa por assentar no campo e ocupar na cidade, ou seja, construir territorios, montar linha de produção e suprimentos, a formação de um poder paralelo pra combater o estado burgues, aqui mora o coração dessa revolução

    e aqui pra mim ta o caminho, pq é mt energia gasta na eleição: em como eleger, como se portar, o discurso, como fazer o discurso chegar mais longe

    agr, mt menos se gasta pra o q fazer pra essa revolução, mt menos trabalho de base pra pensar essa aliança, q nao é puramente política ja q estamos pensando tbm no material (território, terra ocupada), mt menos ação direta pra formar combatentes

    e ainda falo mais uma: há mais de decadas q a media de abstenção nas eleições, somando votos nulos e em branco, chegam ou ate passam 30% de todo eleitorado. Neste ano, a prefeita de São Paulo foi a abstenção, por exemplo. Chegou o momento q a gnt se pergunta: é só questão de comunicação? é só questão de convencer pessoas no debate?

    e ainda, o vereador mais votado em SP foi o Lucas Pavanato, do PL. Ele recebeu 1 milhao de reais de fundo partidario, e gastou 450k com impulsionamento nas redes da Meta. Como a gnt vai combater um cara desses numa rede programada para o discurso burgues? Ainda mais q com dinheiro burgues, ja q nenhuma organização de luta dispõe de tanto recurso