Ao menos 17 pessoas morreram durante a madrugada desta terça-feira (18/06) no campo de refugiados de al-Nuseirat, após uma série de bombardeios de Israel contra o centro da Faixa de Gaza.

Segundo relatos preliminares, o balanço inicial era de sete mortes em um ataque a uma casa em al-Nuseirat, mas logo depois houve a confirmação das outras vítimas em uma segunda ofensiva.

Segundo o jornal catari Al Jazeera, dentre as vítimas estavam mulheres e crianças, sendo que cinco delas pertenciam à mesma família. Outros 10 civis também ficaram feridos, e há relatos de cidadãos presos sob os escombros.

Em relação ao segundo ataque, o bombardeio atingiu um casal, seus filhos e avós que estavam em casa.

A imprensa ainda relata que duas outras pessoas foram mortas na estrada costeira no centro-oeste de Gaza e nove palestinos que esperavam por caminhões de ajuda humanitária foram atingidos por fogo israelense.

A agência de notícias palestina Wafa ainda relatou que os bombardeios israelenses também foram direcionados a outras regiões centrais de Gaza, como a cidade de Deir al-Balah e o campo de Bureij, e bairros residenciais ao sul do enclave.

Como resultado, 35 pessoas feridas nos ataques foram hospitalizadas em estado grave. Na mesma região, há cerca de uma semana, o Exército de Israel, ao resgatar quatro reféns mantidos pelo grupo Hamas, provocou a morte de mais de 200 palestinos em ataques aéreos.

3.500 crianças podem morrer de desnutrição

O governo da Faixa de Gaza alertou, também nesta terça-feira, que 3.500 crianças correm risco de morrer por desnutrição, mediante à crise humanitária instalada pelo massacre de Israel na região.

A Al Jazeera informa que o enclave não consegue oferecer alimentos, suplementos nutricionais e vacinas para as crianças em risco.

“À medida que a ajuda acaba em Gaza devido ao bloqueio das fronteiras, a fome atinge uma população já cansada”, informou o Gabinete de Comunicação Social de Gaza, apelando por ajuda internacional para a condenação dos crimes de Israel. O balanço de vítimas pela ofensiva israelense desde 7 de outubro aumentou para 37.347.

(*) Com Ansa