Você já ouviu falar em queernejo?
Queernejo é um termo que combina as palavras “queer” (termo usado para representar as pessoas que não se identificam com padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros) e “sertanejo” (gênero brasileiro que vem do country) para descrever uma subcultura na música sertaneja. O movimento busca criar um espaço seguro e inclusivo dentro do gênero musical, que é tradicionalmente dominado por representações heteronormativas.
O movimento surgiu a partir do desejo de artistas LGBTQIAPN+ em promover um acolhimento para outras pessoas que, apesar de gostarem do sertanejo, não veem suas narrativas e vivências representadas.
Conheça os precursores do Queernejo:
Reddy Alor
Uma das precursoras do queernejo, iniciou sua carreira musical em uma dupla sertaneja com o seu irmão, até ambos decidirem trilhar seus próprios caminhos de forma solo. A drag queen Reddy Allor venceu o reality show “Queen Stars” e hoje inova ao unir elementos do sertanejo com a cultura drag.
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Gabeu
Filho do cantor Solimões, da dupla com Rionegro, Gabeu cresceu cercado pela sonoridade do sertanejo. No entanto, sem se sentir acolhido pelo gênero, resolveu investir em uma vertente mais inclusiva, inspirado pelo trabalho da drag queen Reddy Allor. Seu primeiro álbum, “Agropoc”, foi indicado ao Grammy Latino na categoria melhor álbum de música sertaneja.
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Gali Galó
Trazendo a representatividade não binárie para o movimento, Gali Galó expressa sua experiência queer misturando o sertanejo com o brega, dentre outros ritmos brasileiros. Seu álbum “Homônimo” foi considerado um dos melhores discos de 2023 pela Folha de São Paulo.
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Alice Marcone
A primeira cantora transsexual no sertanejo mistura os instrumentais clássicos do ritmo com elementos do pop. Alice Marcone canta sobre sofrência, amor e empoderamento.
“Somos artistas LGBTQIAPN+ do interior ou de contextos urbanos, onde o sertanejo é muito forte, estamos na vontade de criar essa representação, esse imaginário, essa é a nossa estética musical. A gente vai falar sobre ser LGBT na nossa música”, disse em entrevista ao Metrópoles.
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O mês do orgulho pra mim já acabou porque eu me vi fazendo uma postagem - eterna! - sobre um dos géneros musicais que eu mais odeio - empatado com funk.