• dadauxuiz@lemmy.eco.br
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    6 months ago

    Não sou muito dado a esse papo sobre conflito de gerações mas quando a internet começou a ser relevante pra aprendizado, as gerações anteriores falavam das barsas com saudosismo. sempre tinha uma matéria falando sobre como o contato com os livros era mais favorável ao aprendizado e blá blá blá. Sempre que acontece uma mudança de tendência na mídia que se usa para aprender, isso acontece. Livro físico ou digital? Livro ou internet? Documentação e fóruns ou tutoriais? Qual é melhor? Depende da forma como as pessoas se habituaram a aprender.

    A preocupação agora é que não há estímulo para essas habilidades. Os mais jovens, menos de 20 (achismo meu), têm dificuldade com buscas online, produção de textos, pesquisa em geral, comunicação assíncrona, textos com mais de 400 caracteres, vídeos com mais de 2 minutos. Como achar uma informação fora do Instagram? Como achar uma informação fora da janela do chatGPT? Eu aprendi na escola como fuçar a internet e fazer uma busca avançada. Na aula de história. No ensino médio. Minha irmã é hoje aluna da mesma professora de história mas ela se vira no chatGPT.

    Enfim, acho que a diferença agora é que a internet está centralizada em plataformas e em mídias difíceis de indexar. Os blogs morreram, IA generativa pra todo lado. Se está fora das plataformas, é inalcançável e tudo isso nas mãos de umas poucas empresas, além de prejudicar o nosso acesso a informações de qualidade, cria uma tendência ao não aprendizado.

  • Responsabilidade@lemmy.eco.br
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    6 months ago

    Curioso, mas não surpreso. Essa geração é analfabeta digital não é de hoje.

    Quem usa tiktok pra pesquisar realmente não sabe como as coisas funcionam.

  • calzone_gigante@lemmy.eco.br
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    6 months ago

    Ninguém colocou nada nas escolas pra ensinar computação direito, quando tem é só pra ensinar pacote office, deixaram as empresas educarem os usuários a se tornarem dependentes de suas plataformas, querem oque ?

    • nossaquesapao@lemmy.eco.br
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      6 months ago

      Pois é, mas isso é muito mais complicado do que parece. Como seria o currículo das aulas de computação nas escolas? Coko generalizar as coisas? Ou ensinariam sistemas e plataformas específicas? Se sim, quais? E o currículo escolar não é algo fluido o suficiente pra acompanhar as mudancas de versões das coisas.

      • Calavera@lemm.ee
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        6 months ago

        Eu acho que deveria ter algo como programação usando Scratch, que é programação por blocos. É muito simples e ajuda na resolução de problemas

  • CachorroUltravioleta@lemmy.eco.br
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    6 months ago

    Essa matéria é muito sensacionalista, bem naquele estilo classico de materia sobre geração perdida que tem direto. Isso dai é um saco pq são pessoas com mais de 40 anos querendo exigir coisas de gente que tem entre 14 a 20 anos e no no geral e atender a espectativasde coisas que eles faziam quando jovens e que ja não tem mais utilidade hoje em dia.

    • CachorroUltravioleta@lemmy.eco.br
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      2
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      6 months ago

      Eu ttabalho na area de recursos humanos e o que noto é que a geração atual tem muito mais facilidade com uso de app, plataflrmas de midias sociais, pesquisa na internet e utilização de celular para atividades diversas, coisas que a minha geração era totalmente dependente de um computador para fazer e ainda depende até hoje. So que os Millenials que estao no mercado de trabalho hoje também não podem falar nada pq na nossa epoca muito mais gente não tinha acesso a internet e a computadores então muito menos gente sabia copia e colar, sendo que hoje em dia as pessoas ate tem acesso mas não conseguem se quer usar a internet fora do ambiente das big techs, coisa que a geração Z faz muito bem apesar de não saber apertar CTRL+C CTRL+V

      • nossaquesapao@lemmy.eco.br
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        6 months ago

        O que seria a geração atual? Se você tá em vida , também é atual.

        Eu vejo essas discussões e me parecem um tanto com uma espécie de disputas de geração, que tangenciam o preconceito. São discussões muito mais baseadas em sentimentos do que em dados, e buscam engrandecer ou diminuir uma “geração” inteira de pessoas.

        Outra curiosidade: o que você quer dizer com usar a internet fora do ambiente das big techs, e como a geração z faz isso melhor?

        • CachorroUltravioleta@lemmy.eco.br
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          6 months ago

          A gente usa essa expressao como forma de encurtar a frase “Geração que está atualmente entrando no mercado de trabalho” ai falamos “geração atual” pois o contexto se se refere a pessoas entrando no mercado de trabalho.

  • Mancada@lemmy.eco.br
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    6 months ago

    Eu acho que a minha geração teve a sorte de que muita coisa que fizemos por lazer na adolescência se tornou útil no trabalho. Por exemplo, aprendi a digitar rápido usando irc e msn, aprendi a descompactar arquivos, renomear, organizar eles nos diretórios, fuçar a internet pra descobrir como resolver um problema no computador, instalar e usar programas em inglês, porque usava essas habilidades pra fazer coisas que eu queria (instalar jogo, compartilhar mp3).

    Tem muito emprego em trabalhos de escritório, administrativo, financeiro, que aproveita essas habilidades. Pra mim foi simples aprender a usar os sistemas no trabalho e umas fórmulas de excel. Mas não é que eu tenha me preparado pensando no trabalho ou seja muito inteligente, só aconteceu porque as coisas que eu gostava de fazer acabaram servindo.

      • Mancada@lemmy.eco.br
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        6 months ago

        Essas coisas especificamente, sim. Mas muitas tarefas vão passar a ser automatizadas com o tempo e algumas dessas habilidades podem não ser mais necessárias no futuro. Pode também acontecer que o interesse dos jovens e o que as empresas estiverem procurando volte a se alinhar em outra geração, mas as empresas não deveriam contar com isso. Deveriam parar de procurar gente pronta pra trabalhar e passar a procurar pessoas com responsabilidade e vontade de aprender, pra contratar e treinar.

        • doidera@lemmy.eco.br
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          5 months ago

          mas as empresas não deveriam contar com isso. Deveriam parar de procurar gente pronta pra trabalhar e passar a procurar pessoas com responsabilidade e vontade de aprender, pra contratar e treinar.

          Mas isso vem de uma premissa que o trabalho de recrutamento é sério e não uma putaria de indicações.